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Mulheres do Mar

Afinal o que sabemos dessas tantas energias femininas que habitam a orla de Fortaleza? Os vestígios nas histórias, arquivos, patrimônios e literatura que nos deixaram, muitas vezes não provem delas próprias, mas do olhar dos homens que detém o poder social, que governam cidades e constroem memórias. O registro e a memória do ser mulher é uma construção masculina. Iracema, mito fundador de nossa terra, escrita por José de Alencar é a história romantizada da violência que o corpo feminino sofre até os dias atuais na bela paisagem da praia homônima. Iracema, “a virgem dos lábios de mel” e seu estrangeiro em nada soa como poesia e mascara a narrativa do que vem de “fora é melhor”, não compreendendo a devastação colonial causada por este encontro. Essa história já foi contada e legitimada, entretanto não existe apenas uma história. 


E se Iracema fosse escrita por mulheres? Performada por mulheres? Materializada por mulheres? Fotografada por mulheres? O que será compartilhado nesta plataforma é uma cartografia interativa por meio das memórias de mulheres cearenses como proposta de recompor paisagens e recontar a cidade a partir do olhar feminino. Do começo de 2019 até agora escutamos e coletamos diversos materiais de mais de 30 mulheres. Dividido por “ondas” o projeto visa estabelecer um diálogo intergeracional e territorial. Ao clicar no mapa você poderá escolher qual território deseja descobrir e navegar através de áudios, entrevistas, esculturas, fotografias, performances, vídeos, bordados entre outras formas possíveis e afetivas dessas histórias.   

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